Como no princípio da sessão contámos em conjunto o conto da Cinderela agora fomos convidados para representá-lo em conjunto, desta vez sem exageros. Cada pequeno grupo tinha dois momentos da história para representar, uma regra eram que todos tinham de representar um papel na cena, o que podia ser também um móvel ou uma parte do cenário. A regra mais importante, que caracterizava o exercício, era o respeitar fisicamente as entradas e as saídas de cena. O espaço foi dividido como o espaço da figura, deixando claro o espaço onde iríamos representar. Para além disso, os dois lados curtos do rectângulo constituíam as saídas e cada episódio da história tinha à partida as entradas e as saídas definidas. A dificuldade foi, sem dúvida, a coordenação quase silenciosa entre os vários grupos para que a representação da história nunca parasse.
Este, na minha opinião, foi o primeiro verdadeiro exercício de prática teatral desenvolvido nas aulas, onde era bem clara a delimitação do espaço e onde era claro também que fora desta área éramos alunos e espectadores, mas uma vez pisada a linha cénica éramos actores, com todas as responsabilidades que isso implica. Esta foi também a primeira vez que, durante a minha actuação, olhei para o chão para verificar se estava dentro do espaço concordado.
Fonte: Autoria própria
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