Como quase numa tradição começamos o aquecimento desta sessão com música, esta vez a banda sonora do filme “Cabaret” (1972), caminhando em todo o espaço da sala. A primeira tarefa, e se calhar a mais difícil, foi andar individualmente tentando alcançar a concentração, prestando também atenção à nossa postura, costas direitas, cabeça erguida e braços ao longo do corpo. Um outro objectivo deste exercício era tentar apanhar o ritmo da canção, mudando de passo em cada mudança de canção. A seguir, sempre concentrados, tínhamos de olhar nos olhos as pessoas com quem nos cruzávamos e depois seguir em frente, apanhando então o contacto visual com uma outra pessoa. Depois disso, sempre com a música a dar-nos o ritmo, o professor introduziu vários sinais, cada um associado a uma mudança. Assim com uma palma de mãos começávamos a ir para atrás, devagar, mas sem olhar atrás das costas; duas palmas voltavam a fazer-nos ir em frente. Ainda a palavra “AGORA” mandava-nos juntar muito rapidamente em pares e dançar juntos ao som da canção e quando o professor utilizava as palmas ou os clips para bater o ritmo nós imitávamo-lo. Todos os sinais combinados foram introduzidos gradualmente, para não criar confusão, mas, mesmo assim, para o professor, que naquele momento estava a dirigir o exercício, havia a possibilidade de brincar tentando enganar-nos trocando os sinais.
Este exercício, alem de servir para o aquecimento da sessão, introduziu novamente uma técnica divertida, que já tinha observado em outras disciplinas como “Oficina de Animação Musical” com o professor Paulo Rodrigues, para a interacção com os grupos. No papel do dinamizador da actividade pode-se, como fez o professor nesta sessão, introduzir várias tarefas associadas a sinais específicos, mas inevitavelmente quando se introduz um novo sinal todos estão concentrados neste, esquecendo quase os precedentes. Assim pode-se brincar com: “Quando digo “AGORA” juntem-se em pares e dancem com o outro”... “CLAP (uma palma, associada a um outro sinal precedente) ” e quase todos irão a procura dum par para dançar. Esta pode ser até a estrutura de um jogo, onde quem se engana sai do jogo ou leva um ponto e no final que tem menos pontos ganha, mas no caso da nossa sessão foi utilizada, na minha opinião, para treinar a memória e sobretudo a concentração, necessária numa sessão de teatro.
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