Nesta sessão, depois de, ao longo da semana anterior, termos lido e analisado as duas versões da novela que escolhemos, uma modernização em italiano feita por Aldo Busi e uma tradução para português de Fernando Melro, debatemos para chegar a um consenso acerca de quais são os pontos fulcrais da trama. Com base nisso evidenciámos também as partes secundárias, mas indispensáveis para a compreensão da história e finalmente as partes facilmente elimináveis, pois um dos nossos maiores problemas continua a ser o limite máximo de 10 minutos para a realização da peça na última aula do semestre. Dos pontos fundamentais partimos também para o trabalho central desta sessão, a definição das cenas segundo um esquema parecido ao que já utilizámos na disciplina Oficina Multimédia o ano passado, com o professor Sidónio Garcia e Jorge Bárrios. Neste esquema, reportado mais à frente, constam o número progressivo das cenas, um breve resumo da acção desenvolvida, centrada na personagem principal, o elenco das personagens presentes em cena e as suas entradas e saídas, os figurinos utilizados, as mudanças de cenografias entre cada cena (que, na verdade não existem nesta peça, sendo muito breve) e enfim a música utilizada.
Cabeçalho da tabela de definição das cenas
Fonte: Autoria própria
Como é óbvio, a partir da definição das entradas e das saídas, e mesmo, acho, antes dessa, a discussão chegou a tocar o problema da cenografia, do qual iremos falar mais especificadamente no post seguinte.
Uma ideia importante saída da discussão foi a escolha de inserir um intermezzo onde um de nós, no papel de técnico de cena, irá tirar as folhas dum calendário presente na cenografia para representar a passagem do tempo na história, enquanto as outras personagens continuam, num plano secundário, as suas tarefas quotidianas.
Só depois deste trabalho e da compilação do esquema conseguimos verificar o número exacto de personagens na nossa peça e em consequência podemos dividir os vários papéis entre os 6 actores. Como já combinado anteriormente cada um de nós irá desempenhar mais do que um papel, com excepção da pessoa que interpreta Masetto, a personagem principal. A escolha dos papéis teve de ter em conta também o tempo necessário para mudar de figurinos entre um papel e o outro e uma consequência lógica, para não criar confusão no público.
Tabela de atribuição dos papéis
Fonte: Autoria própria
Finalmente começámos a adaptação do texto em prosa para a construção dum guião de cena e para fazer isso estudámos as duas versões do texto e a tabela da definição das cenas. Por motivos de falta de tempo e pela nossa inexperiência na escrita de textos teatrais decidimos redigir uma primeira versão que, na altura da publicação deste post ainda está em execução, e depois proceder a uma revisão e correcção da mesma já durante os ensaios. Assim, experimentado na prática, poderemos verificar se as falas escolhidas são suficientemente fortes e se desempenham a sua função e poderemos ter mais ideias graças à improvisação de cada um nos ensaios.
Se no post anterior não revelámos a história que escolhemos, referindo apenas o título e o facto de ser a primeira novela do terceiro dia do Decameron de Boccaccio, para manter o efeito surpresa, decidi também aqui não apresentar o esquema da definição das cenas concluído, onde está presente um resumo da trama, apresentando porém o cabeçalho da tabela para dar a perceber o nosso método de trabalho. Além disso, decidi apresentar em completo a tabela dos papéis de cada membro do grupo, assim como as grandes companhias revelam antes das estreias o nome dos actores.
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